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Descrição:
Analisar: (1) as histórias em suspenso como faces do etnocídio cordial produzidas por terceiros para os povos indígenas; (2) as narrativas indígenas sobre as trajetórias de cada povo; e (3) a apropriação que os povos indígenas fazem da herança e das narrativas produzindo os fios das etnogêneses identitárias. Para alcançar os objetivos, considera-se que no Brasil, o fato de que integrantes de um povo ou de diversos povos indígenas tenham sido levados a conviver, quotidianamente, entre e/ou com inimigos declarados ou em potencial, não se constitui novidade, embora os registros sejam escassos. A configuração de outros territórios étnicos ou multiétnicos, inicia com a invasão de europeus. De um lado, as fronteiras dos estados nacionais que se constituíam no Novo Mundo, impuseram práticas que correspondem a lógicas diversas daquelas instituídas pelos povos nativos. Por outro, os processos de territorialização estatal produzem o acantonamento, o cercamento de povos indígenas em áreas que provocam imobilidade, tanto pelo isolamento, como pela convivência compulsória, dentro de um único território ou em territórios contíguos. A convivência cordial, do tempo das missões religiosas estabelecidas no rio Guamá, desde o século XVI, revelam a violenta ação colonial. Pertenças ocultas e as marcas étnicas tornadas invisíveis pela tentativa de civilizar os povos indígenas. Inicialmente, os processos de etnogêneses se apresentam no Nordeste do Brasil e, aos poucos, na Amazônia tida, até então (anos 60 do século XX) como reduto de povos indígenas, é tomada de assalto pelas emergências étnicas, entre elas, chamam atenção situações vivenciadas por povos do Guamá pelo não-reconhecimento.

Coordenadora: Profª. Drª Jane Felipe Beltrão

Alunos envolvidos: Graduação (3); Mestrado acadêmico (1); Doutorado (6);

Integrantes: Cybelle Salvador Miranda; Márcio Couto Henrique, Ramon Serique

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq

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