Descrição: O estudo das instituições de saúde na cidade de Belém no século XIX, decorrentes da pesquisa “Memória e cidade: itinerários da saúde na Belém colonial e imperial” trouxeram à tona o intercâmbio estético da Arquitetura entre Brasil e Portugal. No período imperial, em especial na 2ª metade do século XIX, há intenso fluxo de pessoas e ideias entre a ex-colônia e a metrópole. Deste modo, as influências recíprocas se fazem presentes, tendo como evidência o campo da arquitetura dos edifícios de saúde. O classicismo de linhas francesas ingressa no Brasil com Grandjean de Montigny (a despeito da preexistência de outras manifestações como a de Landi no Pará) e com Pezérat em Lisboa e também no Brasil. Contudo, nem só com fontes eruditas se cria Arquitetura, mas também de emprego de modelos como base: veja-se a obra dos portugueses de ‘torna-viagem’ em Fafe, ou do Conde de Ferreira no Porto. As lições lisboetas desembarcam também no Norte do Brasil, com o arquiteto português Frederico José Branco, que então emerge como idealizador de importantes referências do classicismo imperial no Pará. O estudo da produção de uma ‘Nova’ arquitetura na Belé
da Beneficente Portuguesa, ainda é uma lacuna na historiografia da arquitetura no Norte, sendo confundida com o rótulo ‘eclético’ característico da Belle Épocque. Portanto, esta proposta fará também uma incursão preliminar pelo classicismo na cidade de Belém, que poderá dar origem ao estudo da arquitetura vernácula local de mesmos traços.
Coordenadora: Profª Drª Cybelle Salvador Miranda
Integrantes: Jane Felipe Beltrão; Márcio Couto Henrique; Ronaldo Nonato Ferreira Marques de Carvalho; Renato Gama-Rosa Costa; Inês El-Jaick Andrade; Fernando Jorge Artur Grilo; Joana Maria Balsa Carvalho de Pinho; Daniel Bastos; Cibelly Alessandra Rodrigues Figueiredo
Alunos envolvidos: Graduação (6); Mestrado acadêmico (2);
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq