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Integrante do projeto de pesquisa HOSPITALIS, a dissertação de mestrado da arquiteta Livia Gaby Costa (PPGAU/UFPA), orientada pela professora Cybelle Miranda (UFPA), aborda o extinto Sanatório Domingos Freire, datado do fim do século XIX. A autora utiliza o método etnográfico aplicado aos usuários do Hospital Universitário João de Barros Barreto, construído no mesmo terreno do antigo sanatório, com o intuito de destacar a memória e a criação de novos espaços urbanos a partir da edificação destes exemplares da arquitetura assistencial.

Sanatório Domingos Freire. Fonte: FRAINHA NETO (2012, p. 98).

Resumo

Esta pesquisa analisa a relação entre a história da assistência à saúde e a arquitetura, aprofundando o olhar sobre o início da construção dos sanatórios e a forma que passam a ser necessários diante de mudanças políticas, econômicas e culturais da sociedade, consolidando-se no Brasil e chegando, consequentemente, a cidade de Belém do Pará que inaugura em 1901 o Sanatório Domingos Freire. Tem-se por objetivo estudar a memória do Sanatório Domingos Freire, pelos vestígios presentes, vislumbrando compreender como o espaço é rememorado atualmente e como é parte da trajetória de mudanças urbanas da cidade de Belém, da cultura médica e paraense. Esse passado foi trabalhado, experienciando o locus de existência do Sanatório Domingos Freire, terreno hoje do Hospital Universitário João de Barros Barreto, por meio da etnografia, chegando à conclusão, nas narrativas dos agentes sociais, que o apagamento material do primeiro sanatório da capital paraense silenciou sua memória. No entanto, ainda hoje, os estigmas relacionados à instituição vivem no imaginário da população em relação ao HUJBB, demonstrando o importante valor documental do Hospital de Isolamento Domingos Freire para compreensão da memória da cidade de Belém.

Vale ressaltar que além dos dois hospitais, em meados dos anos 60 ainda existiam outros equipamentos assistenciais como o Hospital São Sebastião, São Roque, todos demolidos entre as décadas de 60 e 70.

 

Vista aérea do Sanatório Domingos Freire em vermelho, Hospital São Roque em azul e enfermaria do São Sebastião em laranja – 1959. Fonte: Acervo do Hospital Universitário João de Barros Barreto.

 

Hospital São Sebastião. Fonte: ÁLBUM DE BELÉM (1902, p. 30).

 

Hospital São Roque. Fonte: ÁLBUM DO PARÁ (1939, p. 133).

 

Para acessar a dissertação completa basta clicar no seguinte link:
Sanatório Domingos Freire: memória da exclusão e a criação de novos espaços urbanos na 1ª légua de Belém

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